A chegada do verão traz consigo dias mais quentes, maior exposição à água, à transpiração e a hábitos que, embora prazerosos, podem aumentar o risco de infeções urinárias e ginecológicas. Nesta altura do ano, é comum observar-se um aumento significativo destes casos, afetando sobretudo mulheres, mas não exclusivamente.
Por que são mais frequentes no verão?
As temperaturas elevadas favorecem a proliferação de bactérias, e a maior permanência em ambientes húmidos — como praias e piscinas — pode alterar o equilíbrio da flora íntima. O uso prolongado de roupa de banho molhada, a fricção causada por roupas apertadas, a hidratação inadequada e a higiene íntima inadequada são alguns dos principais fatores que contribuem para o aparecimento destas infeções.
Principais sintomas
Os sintomas das infeções urinárias incluem ardor ao urinar, necessidade frequente e urgente de urinar, dor pélvica e, em alguns casos, febre. Já as infeções ginecológicas podem manifestar-se através de prurido, corrimento anormal, odor desagradável ou desconforto durante as relações sexuais.
Infeções do trato urinário:
Que afetam o sistema urinário, que inclui rins, ureteres, bexiga e uretra.
Tipos mais comuns
Cistite: infeção da bexiga, muito comum em mulheres.
Uretrite: infeção da uretra.
Pielonefrite: infeção dos rins (mais grave, geralmente com febre e dor lombar).
Bacteriúria assintomática: presença de bactérias na urina sem sintomas (pode ser relevante em grávidas e idosos).
Infeções ginecológicas:
Afetam a vagina, colo do útero e, em alguns casos, o útero e as trompas.
Principais tipos
Vaginose bacteriana: desequilíbrio da flora vaginal, com odor desagradável e corrimento acinzentado.
Candidíase vaginal: causada por fungos (geralmente Candida albicans), provoca prurido, ardor e corrimento esbranquiçado.
Tricomoníase: infeção por protozoário (Trichomonas vaginalis), sexualmente transmissível, com corrimento esverdeado e odor forte.
Doença inflamatória pélvica (DIP): infeção que atinge órgãos reprodutivos superiores (útero, trompas, ovários), geralmente decorrente de Infeções Sexualmente Transmissíveis como clamídia ou gonorreia.
Como prevenir
Trocar o fato de banho molhado o mais rapidamente possível;
Utilizar roupa interior de algodão e evitar vestuário excessivamente justo;
Manter uma boa hidratação ao longo do dia;
Reforçar a higiene íntima, especialmente após a ida à praia ou à piscina;
Urinar após as relações sexuais para ajudar a eliminar possíveis bactérias;
Evitar duches vaginais ou produtos agressivos que alterem a flora natural.
Quando procurar ajuda médica?
Com o surgimento de sintomas persistentes ou desconforto fora do habitual, é fundamental consultar o seu médico. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e promover uma recuperação rápida e eficaz.
14 de Julho de 2025